domingo, 23 de novembro de 2008

Novo estudo prova que rede social ensina adolescentes a trabalhar em empresas

Os websites de rede social como Fabebook, MySpace, Hi5 e Orkut podem ser a porta de entrada dos adolescentes para o mundo profissional dos adultos. Afinal, ali eles aprendem como usar recursos de tecnologia e, principalmente, como conviver com pessoas de perfil diferente e cuidar de sua imagem pública. De fato, é um treino para trabalhar em qualquer multinacional e fazer uma carreira no exterior.

A conclusão faz parte de um novo estudo que acaba com alguns mitos de que a internet é ruim para jovens. Parte de um projeto de US$ 50 milhões sobre o aprendizado digital, o estudo “Vivendo e Aprendendo com a Nova Mídia” entrevistou mais de 800 adolescentes e seus pais. No total, os pesquisadores gastaram mais de cinco mil horas observando os hábitos dos jovens. Como a maioria dos pais acha que as redes sociais são uma perda de tempo, os adolescentes contaram seus problemas e também como faziam para driblar as restrições e proibições paternas.

Para manter contato com os amigos, os adolescentes fazem a mesma coisa que personagens de séries de TV famosas, como Gossip Girl e 90210 (a versão moderninha de Barrados no Baile): ligam ou mandam mensagens de seu celular.

Em qualquer ambiente de trabalho, o celular é tão importante quanto o computador e maximizar seus recursos geralmente dá uma vantagem ao candidato. Além do mais, no ambiente espinhoso das grandes empresas, trocar mensagens ou usar apenas o celular para assuntos importantes virou norma.

A pesquisa ouviu adolescentes de 13 a 19 anos e mostrou que a maioria está conectado de tal forma que toda vez que recebem um e-mail via Facebook, por exemplo, ficam sabendo do recado pelo celular. Um dos estudantes mencionados na pesquisa liga o computador ao acordar, fala ao telefone, se arruma para ir à escola, troca mensagens no ônibus, mistura trabalho de casa com mais e-mails e só vai desligar mesmo na hora de dormir.

O estudo, iniciado em 2005 e finalizado em agosto deste ano, descreve o uso da nova mídia, mas não mede seus efeitos.

De acordo com um especialista da Universidade da Califórnia, o medo dos pais em relação à rede social que seus filhos criam via internet é resultado de uma interpretação errônea. “A maior parte usa mesmo a rede para se integrar e interagir com seus amigos da escola ou de esportes”, diz a professora Mizuko Ito, chefe do estudo.

A pesquisa mostrou ainda que além de namorar e mandar recados, os adolescentes aprendem a usar melhor as ferramentas de busca e participam de grupos com o mesmo interesse.

“A nova mídia permite aos jovens um grau de autonomia e liberdade que é menos aparente na sala de aula. Os jovens respeitam a autoridade do outros quando estão conectados e geralmente são mais motivados a aprender com seus colegas do que com adultos”.

Fonte: Epóca Negócios

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