sábado, 22 de novembro de 2008

Disciplina e crescimento

Um dos mais influentes consultores de negócios no mundo e autor de best-sellers com mais de cinco milhões de cópias vendidas, Jim Collins explicou à audiência da ExpoManagement 2008 por que algumas empresas e executivos se superam e outros não.

”O bom é o inimigo mortal do excelente”, afirma Collins ao explicar o que diferencia uma empresa que atinge o topo das demais.

“Vitória e derrota são auto-infligidos”, explica. O especialista defende que as circunstâncias externas, mesmo as turbulências econômicas, não definem a queda de uma companhia, pois o processo de declínio já estava instalado, como uma doença corporativa.

“Ir longe demais é o que leva os grandes para baixo”, afirma Collins. A busca indisciplinada pelo mais está na gênese da futura queda. Mas como se sabe que se está dando um passo maior que a perna? Vale o princípio de David Packard, fundador da HP: “se permitir que o crescimento seja maior que sua capacidade de recrutar as pessoas corretas para aproveitá-lo, você vai cair”.

Os estudos de Jim Collins indicam que disciplina é fundamental para que uma empresa dê o salto para a excelência. “Grandeza se acumula. Mas só conseguimos construí-la aos poucos”, pondera. Segundo seus estudos, na maioria das companhias vencedoras, o sucesso demorou 20 anos para surgir. O consultor cita o caso da maior rede de varejo do mundo, a Wal-Mart, que nos sete primeiros anos de existência tinha apenas duas lojas. “O vôo para atingir o nível excelente tem de ser metódico, disciplinado, ano a ano.”

Em sua avaliação, os grandes administradores são, em primeiro lugar, humildes, ou seja, vêem a companhia antes da própria biografia. E são aqueles que compreendem que em primeiro lugar vem o “quem” e, depois, o “que”. “Quem construiu grandes empresas se concentrou em conseguir as pessoas certas, aquelas que tinham capacidade e talento para agregar à equipe”, diz.
Para saber que tipo de empreendimento você está dirigindo, Collins propõe uma pergunta: “Quantos assentos em seu ônibus estão sendo ocupados pelas pessoas certas?”.

Fonte: Revista HSM

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